quarta-feira, 18 de março de 2009

Estou mais empolgado...

... com os comentários sobre a minha narrativa. Hoje recebi elogios simpáticos e observadores sobre como eu conto histórias. Será que é verdade? Sempre me achei meio confuso, cheios de idas e vindas. Engato um fato no outro com a maior naturalidade. Mas, quem sabe, isso também não fica interessante?

Olha! Hoje, to com excesso de autoelogios mesmo! Depois de 48 horas de piriri, tenho todo o direito. Ô coisa ruim é diarréia... Constrangedor até quando se está sozinho. E vômito? As pessoas mais próximas (bem próximas) reclamam que não me seguro e despejo tudo antes de chegar ao sanitário. Desta vez, fui mais disciplinado: coloquei um balde ao lado da cama! Garoto esperto!

Tá bom... Texto nojento. Concordo. Até porque resolvi escrever sobre lembranças da infância. Eu não era muito agitado, não. Fui uma criança tranquila e educada – a revolta e a displicência vierem somente na pré-adolescência. Lembro exatamente que a minha diversão era ficar de olhos e ouvidos bem ligados na conversa dos adultos. Eu parava de brincar e sentava à mesa para ficar atento ao bate-papo.

- Vai brincar, menino! – dizia meu pai.
- Não. To bem aqui. – e continuava com os olhinhos da esquerda pra direita.

Outro dia, um amigo do meu pai, depois daquele papo “te conheço desde bebe”, lembrou:

- Você foi a única criança que conheci que parava tudo pra assistir o Jornal Nacional!

Eu adorava mesmo! Acho que a vinheta de abertura não mudou até hoje. Por outro lado, sempre tive medo da vinheta do plantão da Globo. Mas, no fundo, sinto falta dos plantões da Globo, que, aliás, são cada vez mais raros. Já pensei algumas vezes se é por causa da internet ou porque o mundo tá mais monótono mesmo. Alguém me tira essa dúvida?

E lá vou eu engatando num outro assunto...

Adeus

domingo, 15 de março de 2009

Atendendo a pedidos, ...

... cá estou eu num novo post. Odeio começar frases com gerúndio, mas, neste caso, o clichê é indispensável. Acho bem engraçado quando as pessoas perguntam quando voltarei a escrever.

Parece pergunta da Revista da TV para a Glória Perez. Aliás, alguém já reparou que a Glorinha é a única autora que se presta a este tipo de participação na mídia? Sempre que ela vai pro jornal falar sobre o próximo caso de amor proibido em culturas exóticas, me lembro do nosso único encontro: no camarote carnavalesco do Bruninho Chateaubriand. Ela estava reservada e concentrada no desfile da Unidos da Rocinha. Deve ser dali que tirou a idéia de colocar o José de Abreu pelado em horário nobre.

Mas o assunto de hoje não é esse! O assunto de hoje é o casamento de ontem! Duas informações são fundamentais: bênção budista no lugar de igreja e barco no lugar de salão com ar condicionado. E não é que deu certo? A noiva, amiga querida da ex-repartição, casou-se com o seu príncipe encantado, alto, loiro, jogador de vôlei de praia e com sobrenome judeu. Perfeito! Esqueci de perguntar se ela absorveu o Cox Moore. Se for esperta, sabe que isso ajuda na aprovação do visto na embaixada americana. As palavras do monge foram interessantes. Achei tudo muito sensato, mas confesso que não fechei os olhos quando ele tocou o sininho.

O barco saiu praticamente sem atraso. No início, senti uma tensão a respeito da segurança do equipamento. Mas depois, o povo relaxou e curtiu o passeio privilegiado pela orla. A noite estava maravilhosa: temperatura agradável, mar sereno, brisa refrescante e nada daquele temporal de sexta-feira. A baía de Guanabara é realmente linda! Mesmo como histórico freqüentador (me recuso a dispensar o trema) da barca Rio-Niterói, ainda me surpreendo com a beleza que sobrevive em cima da poça. Ponto para Eike Batista que investiu no Pink Fleet!

O segundo tempo da festa foi melhor ainda. As pessoas gostam mesmo de uma bagaceira... Muitas fotos alegres e um inesquecível the best of funk ao passar por baixo da ponte!

Mas, desculpem-me os demais convidados da festa, nada foi mais empolgante e ofuscante do que a minha mais nova queridinha: a sogra da noiva! Ela mesma: a mãe do noivo! Gente, que mulher de coragem! Que atitude! Adorei! Juro que adorei! Ela é um exemplo de como moda não está com nada: o importante é se olhar no espelho e sentir-se poderosa, sem realmente se importar com que os outros vão pensar! E tudo ornando: a sandália de onça combinava com o cabelão loiro-claro; a bolsa black com pérolas douradas tinha tudo a ver com o figurino sóbrio de mangas densas e irregulares. E nada melhor que a maquiagem. Aliás, maquiagem é pouco. Sejamos justos: nada melhor que a make up!

Foi a maior prova de amor da noiva. Vamos combinar, né? Guardar esta jóia de informação durante anos é o ápice da discrição que só o amor sincero constrói. Nem Glorinha teve tanta criatividade depois de admirar o desfile da Unidos da Rocinha.

Adeus