sábado, 28 de julho de 2007

A conexão caiu desde quarta-feira...

... e formou-se um vácuo na minha rotina virtual. Apesar das horas extras, a minha cara de pau tem limite e não escrevo na repartição. Leio muita coisa, mas escrever é demais, não é?

Apesar de preferir roteiros não-lineares, vou contar o que aconteceu do passado para o agora. Na quarta-feira, eu acordei com tudo programado: trabalho, e-mails, uma reunião, contratos, "até amanhã", academia, mercado, leitura e sono. Claro que deu tudo errado. Depois de um almoço reflexivo, alguém grita: "Sobrou um convite para o atletismo". A minha vizinha insiste: "Vamos... Vamos...". "Tá bom. Eu não assisto um competição de atletismo desde a 8a sério do 1o grau". O Engenhão é lindo! Novinho em folha e nos banheiros tem até papel para secar as mãos. Melhor que o Galeão, viu! Ao chegar na arquibancada, eu não entendi nada. Era um povo pulando aqui, uma galera correndo lá do outro lado e, no canto, um pessoal jogando umas bolas pesadas no campo. Isso eu achei um absurdo! Porque alguém com bom senso não desloca as disputas de arremesso de peso, de dardo e de martelo para uma praia? Aquilo acaba com o gramado! Sou contra. De repente, eu entendo uma prova: 1.500m masculino. Hi! Dá tempo até de ir ao banheiro. Quando volto, o brasileiro é medalha de ouro!

Pego o taxi até o Maracanazinho. Os norte-americanos vencem fácil os porto-riquenhos. Depois, uma eternidade de brincadeirinhas com o público. Gente... As pessoas de fato se divertem com aquela besteira: "O torcedor mais animado ganha uma camisa do Pan! Um som bem radical, DJ! Quero ver quem acerta a bola!" Descobri que o detector de metais na entrada do ginásio é uma medida preventiva para ninguém assassinar o animador de intervalo. Na sequencia, Canadá versus Cuba. Na entrada dos canadenses, tive que confirmar uma informação com o meu amigo: "As pessoas estão vaiando ou aplaudindo?" "Aplaudindo." Como assim? Que tipo de latino-americano torce pro apêndice-estadunidense? Mas os cubanos venceram por 3 a 0. Bem feito.

A noite estava fria e eu estava sem casado. Lembrei que o dia teve três choros! Sim. Três choros. O primeiro foi do meu amigo no almoço. O segundo foi meu mesmo, quando tocou o hino nacional no Engenhão. E o terceiro no taxi, quando a minha vizinha resolveu fazer um retrospecto da sua vida amorosa. Não que a vida amorosa dela seja desastre. Pelo contrário. Três choros... E ainda dizem por aí que sou um insensível.

Na quinta-feira, tive um jantar agradável. Segue um fragmento:

(eu) - Você morou em Londres?
(moça) - Morei. Eu era DJ e tocava música brasileira mixada com eletrônica. Tocava samba, Tim Maia, MPB, Bill...
(eu) - Ah! Eu gosto do MV Bill. Fui ao show achando que ia odiar, mas gostei muito. Você gosta também, né?
(moça) - Gosto muito. Eu sou esposa dele.

Apesar da boa conversa, decidi sair no meio para um outro compromisso. O outro compromisso não rolou. Que raiva.

Ontem, o meu horóscopo confirmava que eu teria atritos com a chefe. Ao meio dia, eu entro numa reunião "para acertar as coisas até dezembro". Aimeudeus! Justo hoje? Ainda bem que leio a Bábara Abramo e me contive. Na verdade, nem precisei de muito esforço, não. Falei tudo que achava e a conferência foi tranqüila. Ai... ai... dezembro já está logo ali!

De noite, jogo de basquete EUA versus Argentina. Os brasileiros são estranhos e torceram pros norte-americanos. A surpresa não foi mais tão grande, mas a decepção sim. Vou bolar uma campanha para reforçar o ensino sobre Simon Bolívar nas nossas escolas. Mais tarde, uma visita quase surpresa. A visita foi ótima, mas foi embora cedo. A visita gosta meeeeeesmo de dormir... Acho que a visita dorme mais que o meu sobrinho de 15 dias de vida... É para eu me preocupar?

Adeus

2 comentários:

Anônimo disse...

sabe o que eu acho? que eu nao estou fazendo o barulho suficiente esses dias, ando muito calma, ou lugar comum, vc escreve várias coisas e nem me cita, como assim?

Marcelo Aouila disse...

muito bem, atualisamos nossas agendas. Nao se preocupe. todas as visitas dormem. Ainda mais se a cama for aconchegante...