quarta-feira, 26 de março de 2008

Quarta-feira.

Acordo atrasado e vou para a primeira reunião. Conheço o Tião Rocha, que coordena o Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento e foi eleito o empreendedor social de 2007 pela Folha de São Paulo. Em pouco mais de duas horas, tenho uma aula de pedagogia e sensibilidade.

Almoço com o pessoal da Oi de BH e, novamente na correria, parto pra terceira reunião do dia. Essa conversa também é bem produtiva e adiantamos várias questões. O assunto foi o desenvolvimento de um curso de gestão via internet para organizações sociais. Será o primeiro no Brasil e, a cada encontro, fico mais empolgado! Retorno para o aeroporto.

Ao chegar à minha cidade, vou pra casa. Estou cheio de saudade do Mauro, que não vejo desde domingo. Ele fica um tempo lá em casa e a minha missão é tentar amenizar a sua tensão. Apelei para um bombom de trufa e acho que consegui. Ele volta pra casa, já que a mala ainda não estava arrumada. Durmo sozinho, mas na expectativa da viagem da semana santa.

Terça-feira.

Acordo para primeira aula da disciplina que vou cursar na UFF neste semestre. Vou junto com minha mãe, pois ela trabalha bem perto do IACS. No portão de entrada, ela diz “deixa eu tirar uma foto sua com a máquina da pesquisa.” “Pra que, mãe?” “Ué? Quero uma foto do meu filho no primeiro dia na escola!”A professora é ótima! Ana Lucia Ennes: inteligente, esperta, divertida, consistente, amiga da Marialva Barbosa e admiradora do filme “Deu a louca na Chapeuzinho”. Além disso, será muito bom também voltar a ter a Roberta, a Ana e o João Renato como coleguinhas de turma. Saio na correria, almoço em cima na mesa, volto pra casa, faço a mala e parto pra Belo Horizonte.De noite, participo de um evento bem legal. É o lançamento de uma publicação com o resultado de uma pesquisa sobre o uso do videogame no cotidiano da escola. Fiquei bem feliz, já que a tive uma participação fundamental desde o começo das atividades. Depois do coquetel, vou para o bar com o Junior – com a devida “autorização” do meu namorado – e, por volta da uma da manhã, chego ao hotel.

Segunda-feira.

O dia de trabalho é bem comum. Levanto no horário e chego sem atraso à repartição. A tranqüilidade me impressiona e, assim, tenho tempo para resolver várias pendências. Depois do primeiro final de semana, o edital do programa que coordeno já têm 110 inscrições. Acho que é um recordo para tão poucos dias!

Almoço com a Monica que me conta as suas ousadias de final de semana. Ela ficou um cara, deu o seu telefone e ainda foi ao cinema no dia seguinte. Uau! Pode parecer besteira, mas fico feliz com a evolução da minha amiga. Rimos bastante com tudo. Ao final, ela reclama que estou empolgado demais com o namoro recente e que isso tem “atrapalhado a minha produtividade”. Jogo o meu charme e ela desiste de me criticar por eu não ter escrito o tal projeto durante o final de semana. Ah! E ela concorda que boate é lugar apenas para beijar na boca. Mauro gosta dessa opinião.

Volto à repartição, saio depois do horário e pego novamente a ponte para Niterói. Infelizmente – infelizmente mesmo – chego em casa e não encontro mais o meu sobrinho Lucas. Ele tem um ano e oito meses. Uma graça! Mas dorme cedo demais... Conto a novidade do meu namoro para a minha mãe, que acha tudo bom. Faz uma bateria de perguntas, desde questões coerentes até coisas do tipo “ele tem vícios?”. Nestas horas, eu rio e completo com um doce “claro que não”. Termino o tal projeto e durmo.

Domingo.

Acordo bem cedo para um domingo. Custo a acreditar que ainda são oito horas da manhã. Prefiro a sensatez e volto ao sono. Acordo novamente às 11h30, com o Mauro já de banho tomado e todo empolgado para aproveitar o dia de compras pela Barra da Tijuca. E lá vamos nós.

Demoramos a encontrar o restaurante ideal. Tudo cheio demais contrastava com a nossa fome grande demais. Optamos pelo rodízio japonês e fazemos questão de “gastar bem o dinheiro”. Em seguida, a loja de azulejos. Prefiro ficar na minha, pois não entendo nada e não quero me meter na decoração do banheiro do Mauro. Mas ele insiste, pede a minha opinião. Fico todo contente e solto os meus palpites, mas, mesmo assim, me seguro para não exagerar. Ele gosta de tudo branco, bem clarinho, discreto e elegante. Eu já acho que deveria ter mais cor, tons e descontração. E assim continuamos o dia, parecendo de um casal feliz prestes a ser sorteado no consórcio da Caixa Econômica Federal.

E não é que encontramos um casal nesta situação? Entre as tomadas e as luminárias da Amoedo, encontramos Tati, minha amiga de repartição, com o noivo André. A dúvida matrimonial naquele momento era a porta do novo apartamento. Mauro dá o seu parecer técnico e o casal concorda. Depois, Tati reforça o convite: “Vocês não vão faltar a minha festa de casamento, né?” Mauro fica todo bobo com o convite no plural!

No começo da noite, o meu compromisso é familiar: aniversário da minha irmã. Tenho que ir para Niterói e peço para o Mauro me deixar na Praça XV. Ele, muito carinhoso, “erra o caminho” e entra na ponte. Nestes momentos, eu realmente não sei que brigo com ele ou se fico feliz com a gentileza. Tento um diálogo no meio termo, mas não tem jeito. Ele não se abala com a minha “bronca”.

O aniversário é simpático. A minha irmã estava linda e bem feliz. O namorado, que eu ainda não conhecida, é um bobão... Mas muito atencioso. Aprovado! Volto pra casa, converso bastante com o meu amigo que acaba de terminar um namoro ponte-aérea-Rio-São-Paulo e vou dormir.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Sábado.

Amanheço muito bem acompanhado e com um ótimo café-da-manhã. Não conheço pessoa mais empolgada com café-da-manhã que o Mauro. Isso é ótimo, pois ajuda a compensar o meu mau humor matinal. O dia é chuvoso e frio e, assim, ficamos na cama até o meio da tarde... Também fechamos a pousada da Semana Santa.

Resolvemos almoçar no Lamas, com a companhia da Vânia. Desta vez, pudemos conversar mais, sem a barulhada do carnaval no sambódromo. Fiz perguntas excessivas sobre o Big Brother, mas acho que parei antes que o papo ficasse chato. A Vânia foi visitar a mãe e nós fomos pra casa do Mauro. Discutimos a reforma do banheiro e concluímos o novo sofá. Continuamos as nossas horas de conversa... Não cansa. Não cansa mesmo. A chuva não parou, jantamos pizza, assistimos o BBB, começamos a ver um filme sem graça e dormimos.

Tenho que confessar que praticamente esqueci da máquina fotográfica. Fora o café-da-manhã, não tirei foto de mais nada. O dia foi ótimo. Era o que eu precisava depois de semanas de correria. Merecia mais fotos.

sábado, 15 de março de 2008

Sexta-feira.

Amanheço na casa do meu pai. Acordar cedo é realmente complicado. Hoje, pelo menos, relaxo e nem tento chegar à aula em ponto. O café da manhã é bem gostoso. Até hoje, não sei se o meu pai come aquilo tudo todo dia ou compra quando vou lá. A chuvinha leve e o metro lotado dificultam o caminho pro curso.

Ao entrar na sala, gosto do assunto: negociação com organismos internacionais de financiamento. O professor é realmente da high society do terceiro setor. Até reunião com o Clinton ele já teve.

O almoço é com a Vivi. Ela acabou de mudar de emprego e está “avaliando novos projetos”. No caso dela, é a mais pura verdade. Assumo o papel de conselheiro e gosto da conversa. De tarde, muito trabalho. Por conta do curso, as coisas estavam meio atrasadas. Acerto 12 questões com a minha diretora. Sim: 12 assuntos resolvidos. E fiquei bem satisfeito com tudo! Em cima da hora, me livrei de Juazeiro do Norte e consegui resolver a minha agenda pra semana seguinte: dia 18 em BH e 24 em SP.

Assim que chego em casa, Gabriel me liga. Ficamos uma hora e meia no celular e, durante o papo mesmo (com o pescoço torto), tiro foto da minha sala. Logo depois, uma ligação do Ceará. Os dois amigos bêbados de wisky contam ótimas novidades! Edson fecha o show da Maria Bethânia & Omara Pontuondo depois da minha sugestão (fiquei todo orgulhoso) e Marçal me convida para o seu aniversário no Dia do Trabalhador. A terceira ligação é da Adriana. A mais feliz de todas! Visitou seu apartamento próprio! Uma cobertura novinha “com tudo de muita boa qualidade”.

Mauro chega para uma noite chuvosa tranqüila. Faço um macarrão-mais-ou-menos, mas ele elogia bastante. O vinho recebe menos elogios, mas tento acertar da próxima vez. O carinho é sempre no tom certo. Depois de tudo resolvido, o sono bate forte.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Quinta-feira.

Hoje é 13 de março começo pesquisa da Solange. Ela é amiga do meu namorado e resolvi fazer por três motivos: o Mauro me pediu, achei a metodologia interessante e porque vou usar os textos para atualizar o meu blog. Três também é o número de fotos que tirei neste primeiro dia. Acabo de perceber que todas são de grupos de amigos ou parentes. Na última, há com três pessoas.

Pelo terceiro dia seguido, acordo bem cedo. Não. Não chega a ser às três da manhã, mas, pra mim, é quase isso. Como sempre, Mauro se levanta antes. A rapidez e a facilidade ainda me surpreendem. O despertador não atrapalha mais de três segundos. Toma banho, veste uma das camisas que já habitam no meu armário, beija-me e parte para vender os móveis supervalorizados. Certamente, este é o momento mais feliz do dia. Levanto atrasado demais e me arrumo em tempo recorde.

Chego ao curso. Desde anteontem, freqüento um curso legal sobre gestão de política social. Não há grandes novidades, mas o professor é experiente e tem bons contatos. O problema mesmo são os alunos. Umas pessoas confusas... Três são chatas. No almoço, a primeira foto num lugar que parece uma feira livre do café. Como a conversa está agradável e o café vem com trufas, dou o clique inicial. Explico para aos colegas e tudo certo!

De tarde, desisto do trabalho em grupo com as pessoas chatas e, às três horas, retorno à minha repartição. Uma tranqüilidade. Fico chocado mesmo quando a nova estagiária – que é minha amiga há anos – chora com três mensagens do Fale Conosco. Quero ver daqui a uns três meses se ela vai chorar! É tanta besteira que escrevem... Peço autorização e mais uma foto. Eu explico que é para uma pesquisa, mas ninguém dispensa o sorriso! Esta é uma foto importante, pois gosto demais dos meus amigos de trabalho.

Faço uma reunião no fim do dia com outro grande amigo e mais três coordenadores de projeto do Governo Federal. Vieram – ou fugiram – de Brasília para esta conversa. Tomara que tenham saído satisfeitos!

De noite, pego o metrô para jantar com o meu pai. Ele ligou reclamando com toda a razão que estou meio sumido. Às vezes, nos falamos três vezes por dia, mas ele acha pouco. Veio também um casal de amigos dele. Antes de dormir, converso pela décima terceira vez com o Mauro e solto o terceiro “te amo” do dia.

Adeus